Questões de Filosofia do Direito da FCC

Sobre as reflexões jusfilosóficas acerca do estado de exceção, é correto afirmar:
  • A. Para Giorgio Agamben, o estado de exceção, hoje, atingiu exatamente seu máximo desdobramento planetário. O aspecto normativo do direito pode ser, assim, impunemente eliminado e contestado por uma violência governamental (...).
  • B. Para Carl Schmitt, a norma fundamental [grundnorm] é a instauração do fato fundamental da criação jurídica e pode, nestes termos, ser designada como constituição no sentido lógico-jurídico.
  • C. Para Giorgio Agamben, todo Direito é ‘direito situacional’. O soberano cria e garante a situação como um todo na sua completude. Ele tem o monopólio da última decisão.
  • D. Para Carl Schmitt, o estado de exceção tende cada vez mais a se apresentar como paradigma de governo dominante na política contemporânea.
  • E. Para Hans Kelsen, soberano é quem decide sobre o estado de exceção.
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Hans Kelsen, em sua teoria pura do direito, define como elemento primordial para a análise científica do fenômeno jurídico:
  • A. os fatos sociais.
  • B. as normas.
  • C. os valores.
  • D. os princípios e as regras
  • E. o poder coercitivo.
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Sobre a hermenêutica jurídica, é correto afirmar:
  • A. Ao resgatar o pensamento tópico, Chaím Perelman, em Tópica e jurisprudência, propõe que se parta do caso concreto, e não do sistema normativo, para a solução do problema jurídico com justiça.
  • B. Theodor Viehweg, com sua proposta de nova retórica, vai além da lógica formal ao demonstrar que a lógica jurídica é dialética ou argumentativa.
  • C. Com a hermenêutica jurídico-filosófica, decorrente da contribuição de Heidegger e Gadamer, o intérprete continua a interpretar por partes, realizando uma tarefa criativa na atribuição de sentido ao texto, a partir de sua historicidade e faticidade, podendo, inclusive, contrariar o texto, a fim de alcançar o resultado que mais lhe convier.
  • D. De acordo com a hermenêutica jurídico-filosófica, se o intérprete escolher o método correto para o caso que se lhe apresenta, logrará alcançar a verdade e, por conseguinte, a justiça, não sendo por outra razão que a obra fundamental de Gadamer se intitula Verdade e método.
  • E. Tendo em vista que não há uma regra que ordene hierarquicamente os tradicionais métodos de interpretação do direito, pode-se concluir, em perspectiva crítica, que a escolha arbitrária de quaisquer deles pelo intérprete funciona como justificativa para legitimar os resultados que previamente ele se propôs a alcançar.
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Sobre as correntes do pensamento jurídico, é correto afirmar que para o
  • A. jusnaturalismo de Norberto Bobbio, só é válido o direito estatal, de modo que a justiça se identifica com a própria ordem jurídica positivada.
  • B. tridimensionalismo jurídico de Carlos Cóssio, o direito se constitui pela união dialética dos elementos fato, valor e norma.
  • C. marxismo de Evguiéni Pachukanis, há uma interdependência no capitalismo entre a forma mercadoria e a forma jurídica, o que o leva a propugnar a própria extinção do direito.
  • D. normativismo de Ronald Dworkin, os princípios são regras jurídicas.
  • E. egologismo existencial de Miguel Reale, há duas ordens jurídicas válidas, quais sejam a natural e a positiva.
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O “Panóptico de Bentham”, descrito por Foucault em “Vigiar e Punir”, tem por efeito importante
  • A. controlar o poder punitivo.
  • B. proteger os direitos humanos dos detentos.
  • C. assegurar o funcionamento automático do poder.
  • D. oferecer instrumentos de persecução penal célere.
  • E. desconstruir as técnicas e instrumentos de repressão.
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Causalidade e imputação são descritos por Hans Kelsen como princípios
  • A. inerentes, respectivamente, às ciências naturais e sociais.
  • B. ambos independentes dos atos de um ser humano.
  • C. idênticos, pois ambos descrevem a normatividade jurídica.
  • D. resultantes da junção entre fatos, valores e normas.
  • E. de hierarquização relacional entre as normas jurídicas.
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Tércio Sampaio Ferraz Jr. afirma que a “jurisprudência romana”
  • A. tinha visão instrumental, premial e promocional do direito.
  • B. ordenava os casos dentro de um sistema prévio de considerações vinculadas.
  • C. tinha pretensões artísticas.
  • D. levava a sério a atividade dos juristas como científica.
  • E. tinha teorizações ligadas à práxis jurídica.
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A “Teoria do Ordenamento Jurídico”, para Norberto Bobbio, implica que
  • A. os princípios são tão importantes quanto as regras.
  • B. o ordenamento jurídico regula o comportamento das pessoas e o modo de produção das regras.
  • C. as fontes do direito brotam da natureza.
  • D. o ordenamento jurídico regula apenas o comportamento das pessoas.
  • E. o ordenamento jurídico regula apenas o modo de produção das regras.
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Na obra “O Ordenamento Jurídico”, Santi Romano sustenta que
  • A. o direito traduz a pluralidade da natureza (naturalismo pluralista).
  • B. cada instituição caracteriza um ordenamento distinto (pluralismo institucional).
  • C. todo direito emana do Estado (monismo estatal).
  • D. a ordem internacional forma o ordenamento jurídico (monismo institucional-internacional).
  • E. ordenamento é o conjunto das normas postas (positivismo institucional).
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Para Max Weber, a legitimação da obediência corresponde a três tipos “puros” – “tradição”, “carisma” e “legalidade”. A “legalidade”, é entendida como
  • A. domínio do “dom da graça” dos poderosos.
  • B. finalidade: reconhecer direitos naturais.
  • C. domínio com base na repressão penal.
  • D. fé nos estatutos legais e na competência baseada em regras.
  • E. sinônimo de indiferença aos fatos.
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