Questão: 512157
Ano: 2014
Banca:
Órgão:
Prova:
Descoberta de gene ligado à puberdade precoce pode antecipar diagnóstico Crescimento da mama, aparecimento de pelos nas axilas e na região pubiana, menstruação, mudança do tom de voz são sinais comuns da puberdade. Os que estão relacionados às meninas aparecem, normalmente, entre os 8 e os 14 anos; nos meninos, eles despontam entre os 9 e os 15 anos. A transformação natural do corpo humano já é uma fase que requer acompanhamento. Quando ela ocorre de forma precoce, às vezes aos 5 anos, os reflexos podem ser físicos, como a interrupção do crescimento, mas também psicológicos. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) identificou um gene relacionado à doença que pode antecipar o diagnóstico e facilitar o tratamento. A pesquisadora Ana Claudia Latronico, que atua na área de genética de doenças endócrinas, percebeu, ao longo dos mais de 20 anos de carreira, que era recorrente a presença de histórico familiar entre os casos de puberdade precoce. “Observamos a ocorrência de familiares afetados e até então não havia nenhum tipo de estudo", disse. O que se sabia, a partir de um estudo israelense desenvolvido em 2004, é que a hereditariedade da puberdade precoce estava presente em aproximadamente 27% dos casos, informou a endocrinologista. Foram selecionadas 15 famílias, reunindo 40 pessoas. A doença causa o desenvolvimento acelerado do corpo pelo aumento prematuro na produção do hormônio que libera as gonadotrofinas: o GnRH, que comanda o amadurecimento sexual do organismo. A partir do sequenciamento genético desses pacientes, Ana Claudia identificou uma nova causa para o início antecipado da puberdade: uma falha no gene MKRN3. Os resultados foram publicados na revista científica americana New England Journal of Medicine. O estudo não tem como objetivo trazer mudanças no tratamento da puberdade precoce. “O procedimento terapêutico é totalmente estabelecido e efetivo", destacou. A partir da compreensão da causa, no entanto, é possível antecipar o diagnóstico e iniciar o uso dos remédios assim que aparecerem os primeiros sintomas. “Se o teste genético estiver disponível, pode-se fazer a análise antes mesmo de ocorrer a manifestação clínica para saber se está ou não sob risco de desenvolver precocemente", apontou. Ana Claudia destaca que quanto mais cedo é iniciado o tratamento, mais se evitam os efeitos negativos da doença. Entre eles, os de viés psicológico, como a estigmatização da criança em razão do aparecimento de sinais puberais estranhos à faixa etária. “A menina passa a ter mama, até a menstruar muito cedo, e isso é um desconforto psicológico muito grande para a criança e para a família", avaliou. Segundo os pesquisadores, a antecipação da menarca pode, inclusive, sujeitar a criança a algum tipo de abordagem sexual inadequada. Do ponto de vista endocrinológico, há também o comprometimento da estatura. “Com o aumento dos hormônios sexuais, como o estradiol, nas meninas, e testosterona, nos meninos, há alteração da maturação óssea e diminui o tempo de crescimento", explicou. A interrupção do desenvolvimento ósseo pode provocar a perda de 10 a 12 centímetros de altura em relação ao esperado para vários padrões familiares. Na vida adulta, as mulheres com puberdade precoce estão mais sujeitas a ter câncer de mama e de endométrio. Além disso, são mais frequentes os transtornos de ordem psicológica. http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/descoberta-de-gene-liga- do-a-puberdade- precoce-pode-antecipar-diagnostico,9101b056a3d- 04410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html Em “Se o teste genético estiver disponível...”, a forma verbal em destaque está conjugada no
Presente do subjuntivo: coloque o QUE ANTES DA CONJUGAÇÃO
Pretérito imperfeito do subjuntivo: coloque SE ANTES DA CONJUGAÇÃO
Futuro do subjuntivo: coloque QUANDO ANTES DA CONJUGAÇÃO
Questão: 926506
Ano: 2018
Banca:
Órgão:
Prova:
O fim do artigo científico Um pilar da ciência transformou-se em zumbi à espera de um verdugo que abrevie sua agonia e da troca por algo melhor Um teste para o leitor: quais destes títulos correspondem a artigos verdadeiros? 1. Desenvolvendo redes ativas usando algoritmos randomizados; 2. Re-representação ( sic ) como projeto de trabalho em terceirização: uma visão semiótica; 3. As dinâmicas de intersubjetividade e os imperativos monológicos em Dick e Jane: um estudo sobre modos de gêneros transrelacionais; 4. Atalhos e jornadas interiores: construindo identidades portáteis para carreiras contemporâneas. Parabéns a quem respondeu 2 e 4 . O artigo 2 foi publicado em MIS Quarterly, um dos principais periódicos da área de Gestão da Informação; e o 4 saiu na prestigiosa revista Administrative Science Quarterly . Os demais são falsos. O título 1 foi obra de um software criado por estudantes do MIT, que gera artigos completos, totalmente falsos e absurdos; e o 3 foi retirado de um cartoon de Calvin, no qual o personagem, depois de criá-lo, exclama: “Academia, aqui vou eu!” De fato, não falta ironia contra a linguagem adotada em textos científicos. Alguns parecem ter sido criados para inflar achados menores e intimidar leitores com uma linguagem empolada e turva. Ocorre que o artigo científico é um dos pilares de desenvolvimento da ciência. Antes de seu surgimento, os resultados de experimentos e novos conhecimentos eram informados em apresentações e por meio de cartas. O artigo científico facilitou a comunicação e acelerou a evolução do conhecimento. Hoje, o sistema de publicações científicas compreende milhares de revistas e está estruturado em castas. Grandes grupos editoriais estão por detrás do lucrativo negócio. No topo encontram-se os periódicos mais seletivos e reputados. Publicar nesses veículos requer passar pelo duro escrutínio de exigentes avaliadores. Provê status e reconhecimento dos pares. Facilita o acesso a financiamentos e pode acelerar a carreira acadêmica. Nos últimos anos, o sistema passou a ser criticado. As universidades, preocupadas com rankings e sob pressão para justificar gastos, passaram a pressionar pesquisadores a publicar mais. Muitos deles mudaram de rumo: em lugar de gerar novo conhecimento, passaram a orientar seus esforços para gerar mais publicações. Assim, o foco na ciência foi trocado pelo foco nos indicadores de desempenho e na própria carreira. Do outro lado do balcão, a própria comunidade científica multiplicou o número de periódicos, ampliando o espaço para textos de qualidade duvidosa. Mesmo no topo, a situação é preocupante. Textos científicos de eras anteriores eram menos especializados e formais. Eram também mais curtos e diretos. E não havia ainda o fetiche da estatística. A superespecialização da ciência tornou os artigos mais longos, herméticos e cheios de jargão. O modelo tornou-se anacrônico e precisa de reformas. Artigos científicos deveriam ser mais simples de escrever e mais rápidos de ler. A forma deveria ceder espaço ao conteúdo. Escapar da forma papel (ou pdf) é o primeiro passo. Em seu lugar, poderíamos ter módulos de conhecimento, curtos e objetivos, especializados e rigorosos, porém também atraentes e interessantes. Este sucedâneo deveria se distanciar do hermetismo estatístico tanto quanto das caudalosas digressões textuais. Hiperlinks e recursos interativos poderiam prover acesso direto a bases de dados, textos de apoio, imagens, simulações e outros recursos de interesse dos leitores. Entretanto, mudar somente a forma não é suficiente. Em muitos campos a superespecialização levou à fragmentação, com a multiplicação de pequenos grupos de pesquisa orientados por interesses próprios e pouco dispostos a esforços cooperativos. É preciso reverter essa tendência e fomentar pesquisa em torno de temas aglutinadores, convergentes com as necessidades e demandas da sociedade. Recentemente, o editor do periódico Academy of Management Journal , um dos principais do campo da Administração, exortou a comunidade científica a orientar esforços de pesquisa na busca de soluções para problemas críticos que afetam o planeta: pobreza, desigualdade, crise ambiental e muitos outros. Não há escassez de problemas e não temos um planeta de reserva. A ciência deveria fazer mais. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/revista/1002/o-fim-do-artigo-cientifico. Acesso em: 21/05/18 A forma verbal utilizada em “ciência deveria fazer mais” conjuga-se no tempo verbal:
Futuro do pretérito do indicativo = desinência modo temporal “ria” e pode variar para “rie”
EU deveria
TU deverias
ELE deveria
NÓS deveríamos
VÓS deveríeis
ELES deveriam
Questão: 1171833
Ano: 2015
Banca:
Órgão:
Prova:
Na conjugação verbal, o tempo pretérito mais-que-perfeito, expressa:
O pretérito mais-que-perfeito do indicativo é um tempo verbal empregado para indicar uma ação passada que ocorreu antes de outra, também no passado
Questão: 2335036
Ano: 2023
Banca: FGV
Órgão: Câmara dos Deputados
Prova: FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Contador - Manhã |
Observemos o texto a seguir, escrito em 1996: “O correio eletrônico (e-mail). Podemos enviar mensagens em alguns segundos ao outro extremo da Terra pelo preço de uma comunicação local. O correio eletrônico é o serviço mais utilizado da Internet. Todo internauta digno desse nome dispõe de um endereço eletrônico. Ele aparece nos cartões de visita, com a mesma importância do endereço real e do número de telefone. Um endereço eletrônico se apresenta em geral sob a forma: nome@domínio.país . O nome pode ser abreviado sob a forma de um código ou de um número; o domínio é o organismo ao qual está ligado o usuário ou o nome de seu fornecedor de acesso; o país está em forma abreviada. Os endereços eletrônicos são escritos sem espaços ou acentos.” Sobre a estruturação e a composição desse pequeno texto, assinale a afirmativa correta.
Na voz ativa temos Sujeito + Verbo + Objeto (complemento).
Na voz passiva temos o Sujeito paciente + verbo (loc. verbal) + agente da passiva.