Questão: 2364037

     Ano: 2024

Banca: 

Órgão: 

Prova:    

A sofisticação das línguas indígenas Você provavelmente já encontrou pelas redes sociais o famigerado #sqn, aquele jeito telegráfico de dizer que tal coisa é muito legal, “só que não”. Agora, imagine uma língua totalmente diferente do português que deu um jeito de incorporar um conceito parecido na própria estrutura das palavras, criando o que os linguistas apelidaram de “sufixo frustrativo” — um #sqn que faz parte da própria história do idioma. É exatamente assim que funciona no kotiria, um idioma da família linguística tukano que é falado por indígenas do Alto Rio Negro, na fronteira do Brasil com a Colômbia. Para exprimir a função “frustrativa”, o kotiria usa um sufixo com a forma -ma. Você quer dizer que foi até um lugar sem conseguir o que queria indo até lá? Basta pegar o verbo “ir”, que é wa’a em kotiria, e acrescentar o sufixo: wa’ama, “ir em vão”. Dá para encontrar detalhes surpreendentes como esse em todas as mais de 150 línguas indígenas ainda faladas no território brasileiro. Elas são apenas a ponta do iceberg do que um dia existiu por aqui. Calcula-se que pelo menos 80% dos idiomas que eram falados no Brasil desapareceram de 1.500 para cá. Mesmo assim, o país continua abrigando uma das maiores diversidades linguísticas do planeta. A propósito, esqueça aquele negócio de “tupi-guarani”, expressão que é meio como dizer “português-espanhol”. O tupi é uma língua; o guarani é outra — e, aliás, existem diversas formas de guarani, nem sempre inteligíveis entre si. O único emprego correto do substantivo composto “tupi-guarani” é o que serve para designar uma subfamília linguística com esse nome, a qual engloba dezenas de idiomas. Entre seus membros ainda usados no cotidiano estão o nheengatu, os vários “guaranis”, o tapirapé e o guajá. Uma subfamília, como você pode imaginar, faz parte de uma família linguística mais ampla — nesse caso, a família tupi propriamente dita. Existem pelo menos outras três grandes famílias linguísticas no país, diversas outras famílias de porte mais modesto e, de quebra, várias línguas consideradas isoladas. É mais ou menos o mesmo caso do basco, falado na Espanha e na França — com a diferença de que o basco é um dos únicos casos desse tipo no território europeu. Essa comparação ajuda a entender o tamanho da riqueza linguística brasileira. Com raríssimas exceções (fora o basco, temos também o finlandês e o húngaro, por exemplo), todos os falares ainda utilizados hoje na Europa fazem parte de uma única família linguística, a do indo-europeu. Pode não parecer à primeira vista, mas é praticamente certo que o alemão, o russo, o grego, o português e o lituano descendem de um único idioma pré-histórico, que hoje chamamos de protoindo-europeu. Reinaldo José Lopes. Internet. (com adaptações). São acentuadas devido à mesma regra ortográfica as palavras

2364037 E

Proparoxítonas- Todas são acentuadas.

Ex.: lin-guís-ti-ca e in-dí-ge-na.

Questão: 2366235

     Ano: 2024

Banca: 

Órgão: 

Prova:    

Texto CB1A1 O conceito de metaverso não é algo novo. Existem videogames online que oferecem ambientes virtuais nos quais já se consegue, além de jogar, interagir com outros usuários, socializar, assistir a shows , ir a exposições, entre outros. Os usuários são representados por avatares, que podem ter características físicas semelhantes às suas na vida real ou podem representar algum personagem fictício, como um monstro ou uma fada, por exemplo. Apesar de essas plataformas existirem há algum tempo, elas ainda não são tão acessíveis e intuitivas para abranger públicos de todas as idades e classes sociais, mas estão sendo aperfeiçoadas com muita agilidade. Em um futuro muito próximo, o metaverso será acessível às pessoas, assim como o celular. Helena Poças Leitão. Internet: (com adaptações). Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue os seguintes itens. I A inserção do acento indicativo de crase no trecho “ir a exposições” (segundo período do primeiro parágrafo) manteria a correção gramatical do texto, uma vez que seu emprego, nesse caso, é facultativo. II A forma pronominal “nos quais” (segundo período do primeiro parágrafo) poderia ser substituída por onde sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto. III As palavras “usuários” e “fictício” são acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. Assinale a opção correta.

2366235 D

II – Correto: A troca de “nos quais” por “onde” estaria gramaticalmente correta e preservaria o sentido original do texto, uma vez que “onde” pode ser utilizado para indicar lugar, inclusive em contextos de ambientes virtuais. III – Correto: As duas palavras, “usuários” e “fictício”, recebem acento conforme a regra das paroxítonas terminadas em ditongo crescente. Alguns estudiosos as classificam como proparoxítonas aparentes ou acidentais, porém a regra que justifica o acento permanece a mesma.

Questão: 2366965

     Ano: 2024

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Órgão: 

Prova:    

Texto CB2A1 As discussões sobre o uso da tecnologia na educação já acontecem há alguns anos e foram potencializadas após a pandemia de covid-19 e, mais recentemente, pelo Relatório de Monitoramento Global da Educação publicado pela UNESCO em 2023. A infoexclusão é um ponto de atenção no relatório. Embora o Brasil tenha iniciativas de distribuição de equipamentos de informática nas escolas, quem está conectado à Internet não necessariamente está digitalmente incluído. Além da democratização do acesso e disponibilização de infraestrutura, é necessário o multiletramento. Nesse contexto, a visão dicotômica dos smartphones como heróis ou vilões deve ser discutida. O relatório da UNESCO revela que um em cada quatro países já proibiu ou restringiu o uso de smartphones nas salas de aulas, alegando dispersão e prejuízos para a aprendizagem. Além disso, preocupam questões éticas, como gravação de aulas ou uso de imagens sem autorização, falta de controle ao que os alunos possam acessar, cyberbullying , exposição a conteúdos inapropriados, acesso a fake news , entre outras. No entanto, simplesmente proibir o uso de smartphones nas escolas segue na contramão do que vislumbramos para a formação dos estudantes nos dias atuais. Eles precisam aprender a evitar o uso nocivo da tecnologia, desenvolvendo noções básicas em favor do seu uso acadêmico e cidadão. Enfrentamos na contemporaneidade inúmeros desafios no que se refere à tecnologia aplicada à educação. Entretanto, vislumbramos, a partir do uso ético e criativo da tecnologia educacional, uma potência que não pode ser desconsiderada. Érica Ramos Rocha Silva. Possibilidades da tecnologia na educação. Internet:  (com adaptações). Assinale a opção em que as palavras apresentas são acentuadas graficamente porque são paroxítonas em que a vogal i ou u tônica forma hiato com a vogal da sílaba anterior.

2366965 B

Pa – í – ses

Pre – ju – í – zos.

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